Sacolas de algodão são vendidas a preço popular para incentivar a redução do uso de sacolas plásticas
Lançada no dia 15 de maio, campanha do Wal-Mart, parceiro estratégico do Akatu, realizada com a colaboração do Instituto, promove a venda de sacolas ecológicas retornáveis. A iniciativa faz parte de um amplo projeto de incentivo ao consumo consciente dirigido aos clientes da rede em todo o país. Feitas de algodão cru, as sacolas têm 50 centímetros de largura por 50 de altura, e são capazes de suportar até 35 quilos. A “ecobag” é vendida por R$ 2,00 e representa uma alternativa de baixo custo à sacola de plástico, tradicionalmente usada para carregar as compras de supermercado.As vantagens do uso das “ecobags” são muitas. Os impactos do uso da sacola plástica são sentidos por períodos bastante longos, pois este material chega a levar 400 anos para se decompor. Por isso mesmo, após seu descarte continuam ocupando espaço por muito tempo nos aterros sanitários e lixões. E dependendo da sua forma de descarte, podem poluir os rios e o solo. Além disso, as sacolas plásticas são feitas com resina à base de petróleo, material cuja queima é uma das grandes responsáveis pelo aquecimento global e, em muitos casos, o lixo é incinerado, causando este impacto na queima das sacolas plásticas.
Atualmente no Brasil são consumidas mais de 12 bilhões de sacolas plásticas por ano. Em média, cada brasileiro usa 66 sacolas plásticas por mês, o que significa que cada um de nós acaba por jogar no lixo cerca de 800 sacolas plásticas ao longo de um ano. Ao adotar a sacola retornável em suas compras cotidianas, os consumidores podem ajudar a prevenir todos esses impactos negativos no meio ambiente e na sociedade.
Até o momento, a venda dessas sacolas acontece apenas em São Paulo e Curitiba. Mas o projeto deve ser estendido para as regiões Sul e Sudeste até o final de julho e no segundo semestre, para o resto do país. O projeto, no entanto, já é considerado um sucesso. Foram 35 mil “ecobags” vendidas em apenas 3 dias.
Além da venda de sacolas reutilizáveis, também foram colocados em prática outros estímulos à redução do uso de sacolas plásticas. Um deles é a instalação dos “porta sacolas plásticas” nas lojas, um dispositivo que só permite que o cliente pegue uma unidade por vez. As lojas que já estão vendendo as “ecobags” receberam sinalização diferenciada como, por exemplo, carrinhos com mais de 800 sacolas plásticas em seu interior e um banner de alerta: "Achou muito? Pois essa é a quantidade de sacolas plásticas que cada brasileiro joga fora em 1 ano. Use sacolas retornáveis." Todas as mensagens de sensibilização e incentivo à mudança de hábito nas compras e que estão distribuídas pelas lojas da rede foram desenvolvidas em parceria com a equipe do Instituto Akatu.
Para garantir o sucesso do projeto das “ecobags”, um projeto piloto foi implantado, entre 14 de janeiro e 14 de abril de 2008, em três lojas diferentes em Curitiba – um hipermercado, um supermercado e um atacadista – nas quais foram organizados testes oferecendo aos clientes seis tipos de embalagens para transportar as suas compras. As opções oferecidas foram saco e sacola de papel (reciclável e biodegradável), sacolas retornáveis de lona e algodão, caixa plástica e caixa de papelão (também reciclável). As lojas disponibilizaram também a sacola plástica tradicional, feita com plástico reprocessado.
Após a realização do projeto piloto, uma pesquisa com os consumidores verificou que as sacolas retornáveis de algodão foram as preferidas por 51% dos entrevistados por serem resistentes, duráveis, não rasgar, serem laváveis e higiênicas - além de serem ecologicamente corretas. “O grande desafio após a venda é mobilizar os clientes para que utilizem no dia a dia as sacolas retornáveis adquiridas”, completa Raquel Diniz, Coordenadora de Capacitação Comunitária do Akatu.
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