segunda-feira, 26 de maio de 2008

BrasilECOnomia

Brasil será o país da biocivilização Para o economista polonês naturalizado francês, Ignacy Sachs, chamado de ecossocioeconomista por alinhar conceitualmente crescimento econômico à preservação ambiental , o Brasil é o país do futuro e será o líder da biocivilização. Pelo menos em um futuro como Sachs imagina, em que as fontes de energia não serão mais os combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão vegetal), mas a biomassa. “É um país que tem tudo para isso. Só falta alguma vontade política e planejamento”, sinaliza.

País continente e detentor do maior biodiversidade do mundo, para Ignacy Sachs o Brasil tem uma série de vantagens comparativas, que aliadas a políticas públicas bem instrumentadas, capaz de canalizar uma boa direção do processo ambiental e do social, devem colocar o país como um dos principais atores ou líder da biocivilização.

Neste sentido, o economista que passou parte de sua vida no Brasil, sugeriu algumas ações, como o Zoneamento Econômico Ecológico, com uma etapa prévia, para pôr em pratos limpos a estrutura fundiária e os direitos de propriedade. “Seria importante, também, uma certificação socioambiental rigorosa para o mercado interno e externo e uma política, que eu chamo de discriminação positiva, que comporte a capacitação, assistência técnica contínua, créditos baratos e acesso aos mercados. E, claro, uma pesquisa que faça jus a biodiversidade existente no país”. (Envolverde)

Tk care.

Caiapós




Kaiapó: Ou Kayapó, ou Caiapó. Povo de língua da família Jê. Distribuem-se por 14 grupos, num vasto território que se estende do SE do Pará ao N do Mato Grosso, na região do rio Xingu. Os grupos são: Gorotire, Xikrin do Cateté, Xikrin do Bacajá, A’Ukre, Kararaô, Kikretum, Metuktire (Txucarramãe), Kokraimoro, Kubenkrankén e Mekragnoti. Há indicações de pelo menos três outros grupos ainda sem contato com a sociedade nacional.

Os Caiapós do Pará são considerados atualmente os índios mais ricos do Brasil. Eles conseguiram razoável padrão de vida com a exploração do mogno no sul do Pará,além do ouro que existe em abundância em suas terras.

Movimentam cerca de U$$15 milhões por ano, derrubando, em média, 20 árvores de mogno por dia e extraindo 6 mil litros anuais de óleo de castanha. Quem iniciou a expansão capitalista dos caiapós foi o controvertido cacique Tutu Pompo (morto em 1994). Para isso destitui o lendário Raoni e enfrentou a oposição de outro caiapó, Paulinho Paiakan.

Ganhador do Prêmio Global 500 da ONU, espécie de Oscar ecológico, admirado pelo príncipe Charles e por Jimmy Carter, Paiakan foi acusado do estupro de uma jovem estudante branca, em junho de 1992.


Portal Amazônia
Fotos: Mercio

Economia&Biologia


Reciclagem de garrafas PET pode movimentar R$ 200 milhões por ano, afirma diretor

Brasília, DF - Mais de um mês após a liberação do uso do plástico reciclado de garrafas tipo PET (usadas em refrigerantes) para produção de embalagens de alimentos, nenhuma empresa obteve ainda a licença para trabalhar nesse mercado, que segundo o diretor do Centro de Estudos Socioambientais Pangea, Antonio Bunchast, tem potencial de crescimento para movimentar quase R$ 200 milhões ao ano.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET, aproximadamente 51% de todo esse material plástico é reciclado, deixando outras 184 milhões de toneladas produzidas por ano nos aterros e lixões.

Para Antonio Bunchast, a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que permite o uso do PET reciclado para produzir embalagens de alimentos provavelmente irá aumentar a reciclagem desse material. “A probabilidade é que aumente a coleta do PET por parte dos catadores, já que vai haver um aumento da demanda desse produto”, explicou Bunchast.

Ele considera a medida “positiva do ponto de vista ambiental e positiva do ponto de vista da geração de trabalho e renda”. Porque não só “poupa recursos naturais, mas se torna um negócio viável para cooperativas de catadores de materiais recicláveis”.

Bunchast apontou ainda a importância da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê a co-responsabilização dos produtores dos materiais na coleta dos resíduos pós-consumo. Ele usou como exemplo o caso das embalagens Tetra Pak, utilizadas em leite longa vida, e os copos descartáveis, que não são reciclados devido aos altos custos para o reaproveitamento.

“Não se pode produzir Tetra Pak de uma maneira difusa, sem um planejamento de como se vai recuperar aquele resíduo na natureza depois”, ressaltou.

Uma das empresas que pretende reciclar plástico PET para embalar alimentos, a Bahia PET, já utiliza um sistema de reaproveitamento aprovado na Alemanha. O diretor industrial, Waltencir Teixeira, explicou que a técnica de reciclagem usada pela empresa começa com uma lavagem química do material, depois passa por um processo de fusão a 280º C, para então ser filtrado.

De acordo com o diretor, ao final do processo, o material está “tão descontaminado quanto o material virgem”. Uma garrafa PET de plástico reciclado custa cerca de 15% menos do que uma feita com outro tipo de matéria-prima.

Fonte: Eco Agência / Agência Brasil.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Expectativas para Minc

Minc é uma pessoa que traz na sua trajetória a luta pelo meio ambiente e pela sustentabilidade, no entanto, conseguir fazer um bom trabalho no ministério vai depender tanto da vontade do novo ministro quanto do espaço que vai ser dado a ele no governo.
O segundo desafio para o novo ministro será “lidar com o que parece estar claro que é a expectativa do governo Lula de que o próximo ministro do Meio Ambiente seja um ''carimbador'' e ''liberador'' de processos”. Fica claro que a visão do governo Lula é de que meio ambiente é uma pedra no meio do caminho.

sábado, 10 de maio de 2008

Leonardo Boff (SUAS IDÉIAS)

Leonardo Boff


Defende a idéia de que apesar de difícil, é preciso e é possível mudar, ainda que isso não dependa somente de um esforço pessoal, ams o esforço de toda uma coletividade planetária.
Podemos resumir que Leonardo Boff era um frade franciscano que defendia e ainda defende a Teologia da Libertação, sendo talvez o nome de maior destaque dessa forma de teologia na América do Sul.
Por suas idéias, ele foi julgado e condenado pelo Vaticano.
Mudando um pouco sua vertende agora para o lado ambiental, que é o que nos interessa no caso,
assim sendo, uma das preocupações de Boff, é a crise que afeta a humanidade pela falta de cuidado. Para sair desta crise, segundo o autor, precisamos de uma nova ética, ela deve nascer de algo essencial ao ser humano, reside mais no cuidado do que na razão e na vontade.
o autor comenta a necessidade do ser humano em desenvolver a capacidade de cuidar de si, das pessoas e de toda a natureza, pois a falta de cuidado se apresenta constante em nossos dias. Cuidar, como ele diz, é mais que um ato, é uma atitude de preocupação, de responsabilidade e de envolvimento afetivo com o outro. As pessoas, não possuem somente corpo e mente, são seres espirituais. Assim, devemos valorizar esse lado espiritual através do sentimento e do cuidado com o nosso planeta.
Leonardo Boff observa que o capitalismo reinante promove a falta de respeito com as condições básicas do ser humano, pois a exploração visando lucros é a grande ferramenta do sistema atual. Assim é preciso que o cuidado com o próximo seja ativado para o resgate do respeito e do sentimento por todos. Para isso é necessária a ênfase no sentimento, já que a razão está ameaçada pelo capital.
É a partir desta ênfase no emocional q o cuidado deve ser priorizado. É com o sentimento que surge simpatia e empatia, a cooperação, a integração e os resultados da solidariedade. É o sentimento que faz o homem amar tudo em sua vida.

Mas como deve ser esse cuidado? Ele relata mais que ter cuidado, o homem é o próprio cuidado, pois, sem ele o homem deixa de ser humano. Cuidado assim pode ser representado pelo carinho, solidariedade, perdão, atenção e cooperação com os outros, animais e com o meio ambiente.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Leonardo Boff (BIOGRAFIA)

"Todas as morais remetem ao ethos do humano fundamental, que é um só."



BIOGRAFIA

Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina, aos 14 de dezembro de 1938. É neto de imigrantes italianos da região do Veneto, vindos para o Rio Grande do Sul no final do século XIX.Fez seus estudos primários e secundários em Concórdia-SC, Rio Negro-PR e Agudos-SP. Cursou Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ. Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique-Alemanha, em 1970. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959.

Durante 22 anos, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha).

Esteve presente nos inícios da reflexão que procura articular o discurso indignado frente à miséria e à marginalização com o discurso promissor da fé cristã gênese da conhecida Teologia da Libertação. Foi sempre um ardoroso defensor da causa dos Direitos Humanos, tendo ajudado a formular uma nova perspectiva dos Direitos Humanos a partir da América Latina, com "Direitos à Vida e aos meios de mantê-la com dignidade".

Centro de Defesa dos Direitos Humanos - CDDH
http://www.cddh.org.br

Atuando de forma orgânica desde 1979, o CDDH vem dando, no decorrer deste período, inúmeras contribuições para o crescimento das organizações populares e conseqüentemente na sua luta pelos Direitos Humanos fundamentais.

O CDDH nasceu numa época de grande fecundidade de Movimentos Populares no Brasil e na América Latina: centrais sindicais, central de movimentos populares, pastorais populares, CEB’s, partidos populares, movimentos de povos indígenas, de negros, de mulheres, de sem-terra, de moradia, de saúde e muitos outros.

Todos esses movimentos de base tiveram um grande impulso de importantes setores das Igrejas que estiveram comprometidos com a construção da cidadania e a transformação da sociedade a partir dos empobrecidos. A Teologia da Libertação tornou-se, então, a inspiradora de amplos setores de cristãos (e até de não-cristãos) que desenvolviam sua prática política embasados na sua fé.

O CDDH tem por objetivo maior a construção da cidadania plena dos empobrecidos e excluídos da sociedade a partir mesmo de seu lugar social e trabalhando ao máximo para que sejam eles o sujeito deste processo. Entendemos como cidadania plena o respeito integral a todos os direitos da pessoa humana e a existência de condições materiais, sociais, políticas e culturais para que este processo se perpetue pelas gerações. Trata-se da construção de uma sociedade humana verdadeiramente democrática e participativa, que reconheça a diferença e os direitos das minorias, e que seja visceralmente solidária e fraterna.

Buscando manter o máximo de coerência com o objetivo geral e esforçando-se para que ele esteja presente no bojo de cada atividade desenvolvida pelo CDDH, são colocados como objetivos específicos do projeto os seguintes pontos:

- Assessoria aos Movimentos Populares
- Fomento à organização comunitária
- Apoio jurídico às lutas populares
- Educação para os Direitos Humanos
- Organização de grupos de produção
- Profissionalização de adolescentes

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Será Utopia ?

A Situação Global



''Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos igualmente e o abismo entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e é causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social... As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não são inevitáveis!''

Estas são algumas das questões que a Carta da Terra levanta e propõe maneiras de resolve-las. Se vc conhece e concorda com os princípios ou quer conhecer, procure pesquisar, vamos discutir o assunto, esta aberto aqui o espaço , okay?


Mesmo eu fazendo parte do grupo que acredita que os preceitos planetários NÃÃO são utopias, irei apresentar as duas respostas, o SIM e o NÃO desta indagação para reflexão daqueles que ainda não despertaram o pensamento ecológico:

Diante do modo de produção capitalista e dos conflitos atuais, a cidadania planetária e seus preceitos seriam uma Utopia?

Em caso afirmativo, a Carta da Terra seria SIM uma utopia se seus propósitos forem trabalhados apenas no âmbito do discurso (conseqüentemente num discurso demagôgo) ou como um mero item teórico do qual o sistema capitalista se apodera para reproduzir as armadilhas do chamado ecocapitalismo (meio ambiente entendido unicamente pelo lado econômico-utilitarista).

Com isso, a Carta não passaria de deslumbramentos da imaginação humana e o próprio continuaria a se realimentar da lógica cartesiana e capitalista fundamentada na individualidade e exploração do homem e da natureza.

Em caso negativo, atrevo-me a dizer que a cidadania planetária ou a Carta da Terra (além de não serem nenhuma utopia) seriam a nova “lógica do novo sistema que surge”.

É na propagação das aspirações populares, dos movimentos sociais, que a Carta da Terra está sendo concretizada juntamente com os Direitos Humanos Fundamentais aderidos à própria, pois ela educa para uma alfabetização ecológica, desperta nos indivíduos o valor da vida sendo contrária a qualquer tipo de injustiça e exploração do homem e da natureza.

A questão que inclui a Visão Planetária como utopia, nada mais é do que um artifício do capitalismo para que se aniquilem as mentes e se reproduzam competições entre os blocos econômicos, desempregos, corrupção, guerras, etc... A utilização do termo utopia relaciona-se inteiramente com a incapacidade do homem de mudar ou transformar a realidade cruel em que se encontra o planeta, por estar acomodado e prisioneiro de seu próprio sistema.

Qualquer modo de expressão e de ação que reporte aos princípios da Carta da Terra concebe o ser humano como fio muito particular da Grande Teia da Vida, nos faz sentir-se parte do mundo e o mundo parte de nós. O antropocentrismo deixa de ser a visão principal para dar lugar à visão integrada da relação homem e natureza, chegando enfim ao BIOcentrismo , onde paramos para ter um pensamento de visão coerente de respeito à vida,
onde são garantidos, os direitos e deveres sociais, políticos, econômicos, ambientais e culturais. É uma forma de expressão coletiva baseada nos princípios da Carta da Terra.

Portanto, afirmar que a visão Planetária é utopia seria tampar os olhos e fechar a mente para essa nova ciência que supera a atual (cartesianismo), e então continuarmos substituindo a total coerência da Carta da Terra pelo fragmentado e contraditório sistema vigente o qual sofremos calados ansiando pela libertaçãoa que só chegará no momento que começarmos a lutar por ela.

Então, de que lado você está?

A Carta propõe: ''a escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano é primariamente ser mais, não, ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano.''

É a percepção de mundo que vai refletir nas ações e nas conseqüências que para o Planeta Terra.